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4 June 2012
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    E-book Readers: Estarão Os Leitores De E-Books A Chegar?

    Os E-books readers, estão a chegar ou não? Há oito meses atrás, contaminado pela visão inovadora e entusiasmo de Antonio Tombolini - pioneiro italiano no campo dos e-books, dei uma cobertura detalhada a esta tecnologia pouco debatida, de progressão lenta, mas seguramente a melhorar.

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    Crédito da imagem: Sony

    O hardware dos e-books readers - tecnologia aparentemente ignorada pela maioria - está a criar algumas mudanças revolucionárias na forma como consumimos, lemos e anotamos informação.

    Os factores revolucionários mais importantes são essencialmente os seguintes:

    1) Utilização de e-ink em vez de LCDs, proporcionando uma visibilidade sem precedentes, seja qual for o tipo de iluminação.

    2) Grandes poupanças de energia porque a tecnologia e-ink apenas necessita de energia para preencher o ecrã e não para o manter visível (sobre quaisquer condições de iluminação).

    3) Grande portabilidade e gigantesca capacidade de memória. Os e-books são leves e compactos, e muito melhores de transportar do que um livro verdadeiro ou qualquer tipo de catálogo. Para além disso, podem armazenar centenas de livros sem qualquer consequência física negativa.

    4) Capacidades de comunicação via Internet. Os documentos podem ser enviados e descarregadas tal como faria no seu computador. O wi-fi está integrado. O seu estudo anotado e corrigido pode ser enviado directamente do seu e-book, de imediato, para qualquer pessoa.

    O analista de conteúdos de média John Blossom analisa, neste artigo, o mais recente e-book da Sony, comenta o estado da indústria neste campo, demonstrando algum cepticismo sobre o seu potencial presente e futuro.

    Com a entrada da Amazon nesta arena, aliada aos produtos que o Sr. Tombolini me mostrou com grande detalhe e a resposta inicial positiva que recebeu do mercado italiano, considero que a maioria dos analistas sobre novas tecnologias falham ao não se debruçarem sobre esta grande oportunidade que se aproxima.

    As tecnologias de hardware de e-books podem, de facto, oferecer grandes benefícios aos utilizadores logo que os rollable displays sejam adoptados (o telemóvel já anunciado para este ano pela italiana Telecom) e que os preços baixem um pouco.

    Sim, os e-books readers ainda são muito dispendiosas, principalmente para quem não retirar uma vantagem significativa em substituir o transporte de muita informação em papel por um dispositivo com o tamanho de uma agenda. Outro aspecto relevante reside no facto de muitos dos utilizadores ideais ignorarem a existência desta tecnologia e suas vantagens.

    Mas julgar o hardware dos e-books sem ter experimentado e utilizado um, é como apreciar uma comida nova sem a ter saboreado.

    Para muitos, e-book é um termo que arrasta consigo imagens mentais do Acrobat, PDFs e publicações amadoras, que enchem os nossos computadores há já muitos anos.

    Apesar da grande espera, acho que nos estamos a aproximar de um ponto de viragem e, embora, as soluções disponíveis tenham limitações tecnológicas e os preços sejam demasiado elevados, as coisas movem-se, na direcção correcta.

    Se a própria Amazon começa a subsidiar ou a oferecer este novo hardware de e-book readers quase de graça, concerteza iremos testemunhar uma grande evolução deste mercado.

    Apesar de John Blossom analisar, desapontado, o mais recente e-book reader lançado pela Sony, por estar "algo distante" do que ele esperava, eu vejo este facto como mais um sinal convincente que, apesar das previsíveis limitações de design e preços demasiado elevados, os e-books readers estão de facto a chegar.

    Introdução por Robin Good

     

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    Crédito da imagem: Librofonino - cortesia da Polymer Vision e Telecom Italia

    A Sony Tenta Revitalizar O Interesse Nos E-books Com Um Novo Leitor


    por John Blossom

    Tenho esperado há tanto tempo que os e-books descolem que já começa a parecer uma cena de um sketch cómico ou uma peça existencial, mas as mais recentes tendências de vendas dão um optimismo moderado sobre a aceleração destes dispositivos.

    Apesar dos 8 milhões em vendas de e-books readers registados em Julho, não ser um bom resultado para o mercado dos e-book readers na sua globalidade, representa o dobro do valor alcançado há um ano atrás, mostrando fortes indícios que irá quebrar a barreira dos 100 milhões no próximo ano.

    A ajudar o mercado dos e-books readers estão os melhorados reprodutores, tais como a nova plataforma PRS-505 da Sony, que a Engadget indica que está disponível por $299.

    O 505 apresenta resolução melhorada semelhante ao papel da tecnologia e-ink e talvez mais importante, uma porta USB para permitir uploads e downloads entre o leitor e PC - finalmente simplificando o processo de obter conteúdos da Web e transferi-los para o computador. O conteúdo pode incluir ficheiros MP3 e tem um consumo energético muito baixo - podem passar semanas até que tenha que carregar a unidade - mas o maior destaque vai para o modo monocromático destes leitores.

    Apesar de todas as funcionalidades adicionadas a este modelo melhorado, está ainda longe de ser adoptado como um dispositivo de mercado de consumo.

    Mantem-se ainda uma grande barreira - o preço - mas, se as empresas de telecomunicações subsidiam o custo dos telemóveis em grande parte para promoverem a sua utilização, porque é que a indústria livreira não pensa no mesmo para dispositivos que promovessem o crescimento dos e-books?

    A resposta está, em parte, na tradição dos editores em trabalharem com redes de distribuidores - sentem-se confortáveis com retalhistas que querem proteger as suas margens de lucro baseadas em papel, cada um com as suas particularidades e formatos.

    No processo de ajudar os seus vendedores a continuarem proprietários, a indústria afasta-se rapidamente de qualquer oportunidade real de permitir que os e-books descolem.

    A plataforma Amazon Kindle, cujo lançamento está programado para (mais ou menos ) este mês, fará pouco melhor do que a Sony ao fazer com que as pessoas aceitem mais um dispositivo para preencher ainda mais o seu mundo - e poderá até fazer pior, dado o aspecto definitivamente retro do dispositivo: pense em algo semelhante a um cruzamento entre um IBM PCjr e um Tricorder do Star Trek.

    Mas para quem estiver ligado à edição talvez seja suficientemente apelativo.

    O verdadeiro problema dos leitores de e-book é a sua incapacidade de oferecer qualquer tipo de experiência de leitura para além de simples páginas de livros.

    Com os PDFs da Adobe a funcionarem como padrão para materiais de e-book importantes, são muitos os editores que estão a tentar formatar informação com um aspecto semelhante a impressões, deixando para os leitores de e-books a descoberta de como percorrer ou por outro lado, compreender os materiais que não estão bem adaptados à relativa baixa resolução dos ecrãs dos e-books.

    Ainda falta muito até que possamos começar a pensar neste meio como um verdadeiro "papel electrónico."

    No que toca a dispositivos móveis como os telemóveis podemos falar de e-Book e e-Revistas de eleição, no entanto mesmo nestes casos os ecrã podem-nos desapontar. Recentemente, vi um entusiasta do iPhone a demonstrar como era "fácil" ler uma revista através do novo dispositivo - uma revista que foi formatada para leitura impressa e por isso totalmente impossível de navegar no pequeno ecrã do iPhone.

    Editores nascidos no mundo da impressão simplesmente não conseguem desistir da noção que os materiais impressos irão funcionar em algo que mais pequeno do que o seu formato original.

    Color_prototype_portable_display_with_mobile_Polymer_Vision_350o.jpg
    Crédito da imagem: Portable rollable displays

    Com tudo o que foi dito, ainda existe a possibilidade de encontrar-mos um segmento para os leitores de e-book, no grupo daqueles que querem ter a certeza que têm algo para utilizar quando o telemóvel tem que ser carregado.

    Entretanto, os e-books estão a crescer nos telemóveis, e nos meios on-line onde o formato impresso é considerado uma vantagem

    Os e-book dão-se particularmente bem como materiais que podem encorajar a antevisão de um título que alguns poderão considerar impressão on-demand.

    Mesmo assim, neste ponto da era da edição electrónica, é difícil que muitos editores e defensores de tecnologias pensem nos livros como algo mais do que uma relíquia que será redundantemente acomodada pelas novas tecnologias.

    Isto deixa muito espaço para reinventar o que um livro é.




    Artigo original escrito por John Blossom e publicado originalmente a 7 de Setembro de 2007 em Shore.com com o título "Sony Tries to Re-Kindle eBook Interest with a New Reader".

    Sobre o autor
    John Blossom é um perito em conteúdos media e negócios cuja carreira se prolonga por mais de 20 anos nas áreas do marketing, pesquisa, gestão de produtos e desenvolvimento de informação avançada e centros de media. John Blossom também foi um participante importante em várias iniciativas inovadoras voltadas para a Internet na Reuters, incluindo a introdução de serviços de gestão de conteúdos e um esforço global para integrar fornecedores de informação da Internet no ambiente de serviços informativos globais. Pode seguir os radares noticiosos do Sr. Blossom sobre os negócios e tendências de conteúdos de média em www.shore.com onde ele mantém um radar noticioso diário e um blogue de análise de notícias altamente respeitado.

    John Blossom -
    Reference: Shore [ leia mais ]
     
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