O software opensource está a revolucionar os negócios, transformar governos e a permitir a educação em todo o planeta. O Opensource baseia-se no princípio de que o código fonte de um programa deve ser prontamente acessível, para que os utilizadores tenham o direito de manter, adaptar e melhorar o software que utilizam da maneira que entenderem. Linux, Firefox e Wikipédia são apenas três das suas histórias de sucesso, demasiadas para enumerar. Mas de onde veio o opensource e para onde vai?
Crédito da Imagem: Open Source Initiative (c)
O documentário Revolution OS oferece uma excelente perspectiva em ambas as questões, aproveitando as ideias e histórias das pessoas que tornaram o opensource uma realidade.
Opensource e Linux não nasceram do nada, e o Revolution OS faz um excelente trabalho em mostrar o que por vezes parece ser uma história de sucesso imediato desde as suas raízes. O Revolution OS leva o espectador numa viagem desde os tempo iniciais do movimento Free Software, liderado pelo seu iconoclasta mentor Richard Stallman, até ao fenómeno bolsista do VA Linux, apresentando os maiores marcos durante o seu percurso.
Nesta introdução em vídeo para o filme e os poderosos conceitos explorados nele, reuni uma mão cheia de clipes importantes: Nestes clipes poderá descobrir:
Aqui estão os detalhes:
O Revolution OS é um documentário que detalha a evolução do GNU/Linux e do modelo proprietário imposto ao desenvolvimento de software por empresas incluindo a Microsoft.
Como o filme claramente mostra os primeiros dias da informática eram livres de licenciamento e de abordagens proprietárias à propriedade intelectual e a partilha de programas e código era prática comum. Tudo isto mudou quando a nova abordagem closed-source surgiu mas alguns irredutíveis rebeldes mantiveram-se e continuaram a lutar contra estas iniciativas.
Revolution OS conta a sua história e ao longo do caminho afasta os mitos que associariam o software opensource com a incapacidade de fazer dinheiro, ideologia comunista e fraco suporte técnico. Nos destaques que se seguem eu seleccionei alguns destaques do filme. Segue-se o programa completo.
O opensource deve o seu ímpeto ao movimento software livre liderado pelo seu criador Richard Stallman. Os princípios do software livre podem ser resumidos como esperando quatro tipos de liberdades de qualquer peça de software, conforme explicado pelo próprio Richard Stallman numa recente entrevista com o Robin Good. São elas:
''''
- A liberdade de correr o programa, para qualquer fim (liberdade 0).
- A liberdade de estudar o funcionamento do programa e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para isto.
- A liberdade de redistribuir cópias para que possa ajudar o vizinho (liberdade 2).
- A liberdade de melhorar o programa e lançar os seus melhoramentos para o público, para que toda a comunidade beneficie (liberdade 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para isto.
Richard Stallman, The Free Software Definition
No clipe seguinte, Richard Stallman discute as circunstâncias sob as quais ele concebeu estas ideias e o sistema operativo GNU resultante que encorpou os seus firmes princípios anti-proprietários. Eric Raymond comenta:
Respeitando os desejos de Richard Stallman, pode fazer download o ficheiro Ogg Theora de software livre deste clipe clicando aqui
Uma das maiores áreas de confusão em torno do software livre e opensource é como lucrar com ele. Sim, é gratuito e dá-o a troco de nada, não poderá de maneira alguma pedir uma compensação pelo trabalho desenvolvido. O que é aceitável se programa como passatempo, mas se tiver contas a pagar, não ajuda muito.
Este foi um dos pontos realçados por um jovem Bill Gates, cuja carta aberta para este efeito é apresentada neste filme. Na ideia de Gates, o software proprietário era a solução óbvia. Mas está muito longe de ser a única forma que os programadores têm de fazer dinheiro com o seu código.
No clipe seguinte, Larry Augustin, Michael Tiemann e Richard Stallman destroem o mito de que o software opensource significa uma barriga vazia ao fim do mês.
Entre os modelo de negócio que foram utilizados eficazmente desde o nascimento do software livre está o de oferecer consultadoria e suporte técnico para software livre e opensource. O princípio é simplista - obtém o software por nada e então paga a um perito para o manter, hackear e adaptá-lo às suas necessidades específicas. Os três explicam tudo:
Respeitando os desejos de Richard Stallman, pode fazer download o ficheiro Ogg Theora de software livre deste clipe clicando aqui
Mas se tudo funcionar bem com o seu software proprietário, porque é que iria querer mudar para as turbulentas águas do opensource? No seu extensivo estudo, Eric S. Raymond comparou e confrontou os dois modelos e concebeu uma metáfora que teria um grande impacto no futuro do movimento opensource: a catedral e o bazar.
O livro de Raymond do mesmo nome, originalmente publicado como um estudo, teria um grande impacto nas empresas, incluindo a gigante de pesquisas Netscape. Com cada vez maiores dificuldades em competir com o browser gratuito mas closed-source da Microsoft, o Internet Explorer, a empresa tomou uma atitude ousada após terem lido o estudo de Raymond - tornaram-se opensource.
O resultado foi o Mozilla, a base do muito conhecido browser Firefox.
qual foi então a influência de Raymond sobre o percurso de uma gigante das TI? Se tiver tempo, o estudo completo está disponível on-line, mas mesmo assim, Raymond resume muito bem as suas ideias no clipe seguinte:
Resumindo, então, é que o opensource consegue tanto sucesso pois depende das centenas de contribuintes que alimentam a constante adaptação de um software. Este modelo peer-to-peer foi aplicado em esforços como a Wikipédia, Bit Torrent e até jornalismo civil.
Apresente a ideia de 'software livre' ao CEO de uma empresa de sucesso e é provável que recuse ou chame os seguranças para o removerem do edifício. O software livre pode ser um panorama assustador tanto em nome e é por vezes demasiado idealista (em algumas) afirmações referentes à propriedade intelectual. Não é uma frase que diga 'invista em mim'.
Foi assim que o opensource apareceu, quando aqueles que estavam interessados em ganhar a vida com software livre enquanto mantinham os seus princípios fundamentais, decidiram que tinham algo para dar. No seguinte clipe, Eric Raymond e Larry Augustin debatem este ponto de viragem evolucionário, após o qual os movimentos opensource esoftware livre se separaram:
A relativa estabilidade e adaptabilidade do sistema operativo Linux cresceu exponencialmente de ano para ano. Embora não detenha uma fracção da penetração de mercado do sistema operativo Windows nas casas, cada vez mais servidores utilizam o Linux, e cada vez mais governos, empresas e instituições públicas estão a voltar-se para o Linux como uma alternativa viável ao software proprietário à medida que o tempo passa.
Mas ninguém poderia adivinhar o sucesso de mercado que seria o Linux até que Larry Augustin tornou a VA Linux pública, quebrando recordes bolsistas no processo.
Este clipe final detalha a experiência e dará, a quem duvidar do potencial económico do software opensource, provas sólidas em como o Linux não é só para ideólogos e geeks. Veja por si próprio:
Pode ver o filme completo incluído em baixo, ou visitando o Google Video.
Governos inteiros estão a mudar para soluções opensource, tais como odo Brasil, para não referir as empresas de investimento e iniciativas para levar a informática a nações em desenvolvimento.
O software opensource está a provar não ser apenas uma solução ética, mas sim pragmática e económica. Instituições do sector público entendem rapidamente que podem poupar milhões em taxas de licenciamento e suporte proprietário, e homens de negócios inteligentes estão a tirar partido das várias formas que o software opensource pode ser rentabilizado com sucesso.
O futuro dos negócios, parece, é sobre a partilha.
Se quiser saber mais sobre as pessoas entrevistadas no decorrer destes clipes, talvez queira seguir os seguintes links:
Stallman tem uma extensa entrada na Wikipédia, para além da sua página pessoal.
Pode ler mais sobre ele na Wikipédia
ou visitar a sua página pessoal
Ele tem uma entrada completa na Wikipédia e a sua própria página pessoal
Ele tem uma entrada na Wikipédia e também o seu blogue pessoal
Ele tem uma entrada na Wikipédia e uma página pessoal
Ele tem uma entrada na Wikipédia, uma página pessoal e um blogue
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